quarta-feira, 28 de julho de 2010

O Brasil Imperial

(Coroação de Dom Pedro, Imperador do Brasil)

A proclamação da independência garantiu, de um lado, a autonomia brasileira em relação a Portugal, inviabilizando a recolonização que ameaçava os interesses das elites nacionais; de outro, transformou D. Pedro I no eixo da ordem política que nascia sem as amarras do dirigismo das cortes portuguesas.

A partir do episódio do 07 de setembro de 1822, porém, era fundamental consolidar a independência e definir o perfil da ordem política do novo país. Essa tarefa durou mais de duas décadas, durante as quais se verificaram divergências entre grupos sociais que lutavam para manter a unidade territorial e a supremacia do poder central, localizado no Rio de Janeiro, bem como várias disputas pelo controle dos aparelhos de Estado.

O império brasileiro vai se caracterizar:

“A ascensão do poder monárquico e as implicações do novo regime no cenário político nacional. A seção conta com as contradições dos grupos políticos surgidos na época, destacando o incessante conflito em torno do problema da centralização das instituições políticas do país. Por fim, faz um panorama sobre a economia cafeeira do século XIX e as questões em torno da modernização da economia nacional e a abolição da escravidão” (Rainer Sousa).

Fonte:

VICENTINO, Cláudio. História do Brasil. São Paulo: Scipione, 1997

Acesso em 28/07/2010: http://www.brasilescola.com/

Assistam ao Vídeo:

domingo, 18 de julho de 2010

A União Europeia

O conjuto dos países membros da União Europeia, que representa o maior pólo comercial do globo, mantém relações comerciais com praticamente todos os outros blocos econômicos, tendo como principais parceiros os Estados Unidos, o Japão, a China, os Trigues Asiáticos e, mais recentemente, o Leste Europeu.

Essa união foi iniciada em 1944, mas consolidou efetivamente no ano de 1948, com o nome de Benelux, essa denominação é proveniente dos três países que compõem essa união (Bélgica, Holanda e Luxemburgo). A união tinha como objetivo criar incentivos tributários e aduaneiros entre os componentes do grupo, e posteriormente um incremento nas relações comerciais.

Em 1950 foi elaborado o Plano Schuman com objetivo de criar um mercado comum, no primeiro momento o plano se limitou à homogeneização da produção de aço e carvão na Alemanha e França, com possibilidades de abranger, dentro desse processo, outros países do continente europeu.

Para instaurar a união na produção da indústria de base na Europa, no ano de 1951, foi criada a CECA (Comunidade Européia do Carvão e do Aço), essa instituição foi proveniente do Tratado de Paris, os países que faziam parte eram Alemanha, França, Itália, Bélgica, Holanda e Luxemburgo.

O sucesso concreto do Benelux e da CECA deu origem ao Mercado Comum Europeu, chamado também de Comunidade Econômica Européia, por meio do Tratado de Roma em 1957, nesse período, França, Alemanha e Itália ingressaram para estabelecer uma flexibilidade na livre circulação de mercadorias entre os membros. Outro motivo da criação era o anseio de superar a hegemonia norte-americana e soviética, que representava as maiores potências da época.

Mais tarde, em 1991, foi assinado o Tratado de Maastricht, no entanto, só teve início realmente em 1993, agora com um novo nome: União Européia (UE). Dessa forma os países que compõe o bloco econômico são: Alemanha, Áustria, Bélgica, Dinamarca, Holanda, França, Itália, Reino Unido, Irlanda, Luxemburgo, Espanha, Grécia, Portugal, Suécia e Finlândia.

A efetivação da UE estabeleceu também a circulação de uma moeda única nos países que compõe o bloco que entrou em vigor em 1o de janeiro de 2002, além da implantação de taxas de juros e carga tributária comum a todos integrantes. Nem todos os participantes do bloco aceitaram substituir suas moedas nacionais pelo Euro, como Reino Unido, Suécia e Dinamarca. O processo para conceber uma moeda única no bloco, foi impulsionado pela criação do Banco Central Europeu com a intenção de coibir a inflação e administrar a área econômica dos países membros.
Na UE existem organismos supranacionais que desenvolvem medidas em diferentes seguimentos entre eles meio-ambiente, desenvolvimento industrial, infra-estrutura, transporte e telecomunicação. Além da liberdade na circulação de mercadorias, bens, serviços, capitais e pessoas. A uniformidade das taxas de juros, tributos e circulação de mercadorias facilitaram o crescimento econômico desse importante bloco.

Devido à solidez alcançada pela UE, o bloco não descarta a possibilidade de outros países o integrarem. Porém para que um país seja aceito na UE é preciso que atinja os pré-requisitos estabelecidos pelo bloco no campo político, econômico e social.

A partir de dezembro de 1999 ficou definido que outras nações Européias iriam integrar o bloco passando a ser composto por 27 países, mas os novos integrantes serão efetivados, caso seja aceitos a partir de 2003, são eles: Turquia, Polônia, Hungria, Chipre, República Tcheca, Eslovênia.



Quando o bloco estiver totalmente completo o volume de capital vai atingir níveis aproximados de 500 bilhões de dólares, isso mostra a potencialidade do mais importante bloco econômico do mundo e o único que ameaça a hegemonia norte-americana.

Fonte:
Equipe Brasil Escola (acesso em 18/07/2010):

Site da Uol:
http://www1.folha.uol.com.br/folha/bbc/ult272u57255.shtml

Assistam a vídeo aula sobre a União Europeia:






quinta-feira, 15 de julho de 2010

Charges - Uma forma de contar História

Nos meios de comunicação, o uso das charges esteve sempre vinculado à realização de algum tipo de reflexão sobre os acontecimentos do cotidiano. Tendo grande espaço dentro dos jornais diários, as charges parecem ter se transformado em grandes ícones que relatam o cotidiano por meio da expressividade das imagens e o uso de um texto curto e sugestivo. Contudo, esse “narrador do agora” também pode ser um importante instrumento de reflexão do passado.

Muitas vezes, o chargista costuma fazer a crítica sobre uma situação do agora realizando uma comparação da mesma com algum fato passado. Dessa maneira, o chargista se transforma em um sujeito capaz de propor uma perspectiva do passado que reafirme ou promova um contraste com a vivência do presente. Apesar de destacarmos o uso de charges com esse tipo de característica, devemos nos lembrar que quaisquer outras charges podem ser trabalhadas como documentos da história.


Retornando ao tipo de charge aqui trabalhada, sugerimos a proposição de uma aula de história contemporânea que debata a política internacional do presidente norte-americano George W. Bush (2001 – 2008). Para isso, sugerimos a utilização de algumas charges que costumam comparar o presidente norte-americano com Adolf Hitler, líder político da Alemanha durante o governo nazista. Em suma, podemos convidar a sala a desconstruir tais imagens tentando refletir os elementos nelas trabalhados.

Um das charges mais comumente encontradas nos meios de comunicação costuma caracterizar George W. Bush com os uniformes ou acessórios adotados por Hitler. Demonstrando esse tipo de imagem em sala o professor pode tentar realizar uma atividade que se preocupa em refletir com um pouco mais de tempo e cuidado sobre a comparação histórica oferecida pelo autor da charge. Para darmos exemplo desse exercício, colocaremos abaixo uma dessas várias charges.


No exemplo exposto, podemos ver que o artista utilizou de uma montagem que coloca Bush como o ator principal de um filme. Para reforçar a equiparação entre Hitler e Bush, o autor utiliza do título do filme “O grande ditador” (1940), no qual o ator e comediante Charles Chaplin (1889 - 1977) faz um versão caricata de Adolf Hitler. Dessa forma, o autor da charge “conta” ao público que ele pretende fazer a mesma crítica de Chaplin por ambos tratarem de personagens históricos semelhantes.

Fontes:
Acesso em 15/07/2010: www.charge-o-matic.blogger.com.br
Por Rainer Sousa: http://www.educador.brasilescola.com/estrategias-ensino/historia-charges.htm
Maurício Ricardo: http://charges.uol.com.br

Assistam ao vídeo charges abordando a história de Tiradentes:

sexta-feira, 9 de julho de 2010

A Revolução Francesa


No desenvolver do século XVIII existem dois importantes fatos históricos que marcaram esse período. De um lado temos a ascensão dos ideais iluministas, que pregavam a liberdade econômica e o fim das amarras políticas estabelecidas pelo poder monárquico. Além disso, esse mesmo século assistiu uma nova etapa da economia mundial com a ascensão do capitalismo industrial.

Nesse contexto, a França conviveu com uma interessante contradição. Ao mesmo tempo em que abrigou importantes personagens do pensamento iluminista, contava com um estado monárquico centralizado e ainda marcado por diversos costumes atrelados a diversas tradições feudais. A sociedade francesa estava dividia em classes sociais distintas pela condição econômica e os privilégios usufruídos junto ao Estado.

De um lado, tínhamos a nobreza e o alto clero usufruindo da posse das terras e a isenção dos impostos. Além disso, devemos salientar a família real que desfrutava de privilégios e vivia à custa dos impostos recolhidos pelo governo. No meio urbano, havia uma classe burguesa desprovida de qualquer auxilio governamental e submetida a uma pesada carga tributária que restringia o desenvolvimento de suas atividades comerciais.

A classe proletária francesa também vivia uma situação penosa. No campo, os camponeses eram sujeitos ao poder econômico dos senhores feudais e viviam em condições mínimas. Muitos deles acabavam por ocupar os centros urbanos, que já se entupiam de um amplo grupo de desempregados e miseráveis excluídos por uma economia que não se alinhava às necessidades do nascente capitalismo industrial.

Somados a todos estes fatores, a derrota francesa em alguns conflitos militares e as péssimas colheitas do final do século XVIII, contribuíram para que a crise econômica, e a desordem social se instalassem de vez na França. Desse modo, a década de 1780 veio carregada das contradições, anseios e problemas de uma nação que não dava mais crédito a suas autoridades. Temos assim, os preparativos da chamada Revolução Francesa.

FONTE:
Rainer Sousa
Graduado em História
Equipe Brasil Escola

Assistam aos Vídeos sobre a Revolução Francesa:

quarta-feira, 7 de julho de 2010

A Revolução Industrial

O artesanato, primeira forma de produção industrial, surgiu no fim da Idade Média com o renascimento comercial e urbano e definia-se pela produção independente; o produtor possuía os meios de produção: instalações, ferramentas e matéria-prima. Em casa, sozinho ou com a família, o artesão realizava todas as etapas da produção.

A manufatura resultou da ampliação do consumo, que levou o artesão a aumentar a produção e o comerciante a dedicar-se à produção industrial. O manufatureiro distribuía a matéria-prima e o artesão trabalhava em casa, recebendo pagamento combinado. Esse comerciante passou a produzir. Primeiro, contratou artesãos para dar acabamento aos tecidos; depois, tingir; e tecer; e finalmente fiar. Surgiram fábricas, com assalariados, sem controle sobre o produto de seu trabalho. A produtividade aumentou por causa da divisão social, isto é, cada trabalhador realizava uma etapa da produção.

Na maquinofatura, o trabalhador estava submetido ao regime de funcionamento da máquina e à gerência direta do empresário. Foi nesta etapa que se consolidou a Revolução Industrial.

O pioneirismo inglês
Quatro elementos essenciais concorreram para a industrialização: capital, recursos naturais, mercado, transformação agrária.

Na base do processo, está a Revolução Inglesa do século XVII. Depois de vencer a monarquia, a burguesia conquistou os mercados mundiais e transformou a estrutura agrária. Os ingleses avançaram sobre esses mercados por meios pacíficos ou militares. A hegemonia naval lhes davam o controle dos mares. Era o mercado que comandava o ritmo da produção, ao contrário do que aconteceria depois, nos países já industrializados, quando a produção criaria seu próprio mercado.

Até a segunda metade do século XVIII, a grande indústria inglesa era a tecelagem de lã. Mas a primeira a mecanizar-se foi a do algodão, feito com matéria-prima colonial (Estados Unidos, Índia e Brasil). Tecido leve, ajustava-se aos mercados tropicais; 90% da produção ia para o exterior e isto representava metade de toda a exportação inglesa, portanto é possível perceber o papel determinante do mercado externo, principalmente colonial, na arrancada industrial da Inglaterra. As colônias contribuíam com matéria-prima, capitais e consumo.

Os capitais também vinham do tráfico de escravos e do comércio com metrópoles colonialistas, como Portugal. Provavelmente, metade do ouro brasileiro acabou no Banco da Inglaterra e financiou estradas, portos, canais. A disponibilidade de capital, associada a um sistema bancário eficiente, com mais de quatrocentos bancos em 1790, explica a baixa taxa de juros; isto é, havia dinheiro barato para os empresários.

Depois de capital, recursos naturais e mercado, vamos ao quarto elemento essencial à industrialização, a transformação na estrutura agrária após a Revolução Inglesa. Com a gentry no poder, dispararam os cercamentos, autorizados pelo Parlamento. A divisão das terras coletivas beneficiou os grandes proprietários. As terras dos camponeses, os yeomen, foram reunidas num só lugar e eram tão poucas que não lhes garantiam a sobrevivência: eles se transformaram em proletários rurais; deixaram de ser ao mesmo tempo agricultores e artesãos.

Duas consequências se destacam: 1) diminuiu a oferta de trabalhadores na indústria doméstica rural, no momento em que ganhava impulso 0 mercado, tornando-se indispensável adotar nova forma de produção capaz de satisfazê-lo; 2) a proletarização abriu espaço para o investimento de capital na agricultura, do que resultaram a especialização da produção, o avanço técnico e o crescimento da produtividade.

A população cresceu, o mercado consumidor também; e sobrou mão-de-obra para os centros industriais.

Assistam as vídeos aulas sobre a Revolução Industrial:




parte 02