Baixo e alto Egito
Observando o mapa acima, percebemos que o rio Nilo deságua no mar Mediterrâneo e sua foz tem forma de um delta. Essa região, situada no norte da África, ficou conhecida como Baixo Egito. Ali se encontravam as terras mais férteis, devido à grande quantidade de água rica em detritos orgânicos despejados no delta do rio.
A partir da cidade de Mênfis no sentido sul, ficava o Alto Egito. Nessa região, os solos férteis concentravam-se na estreita faixa de terra às margens do Nilo. Era chamada de “terra preta”, devido à cor mais escura resultante de húmus, terra com grande quantidade de matéria orgânica em decomposição. Os solos além dessa faixa eram áridos e conhecidos como “terra vermelha”.
A fertilidade do Nilo e as obras hidráulicas
Assim como ocorria na Mesopotâmia, no período das cheias, as águas do rio Nilo inundavam as terras de suas margens e depositavam ali uma rica camada de húmus. Quando o rio retornava ao seu nível normal, o solo que tinha sido inundado estava fertilizado e propício para o cultivo.
Devido à fertilidade que essas inundações periódicas traziam ao solo, a população do Egito antigo se concentrava às margens do Nilo. Por isso, a região por onde esse rio passa pode ser comparado a um oásis, ou seja, uma área fértil que possibilita o desenvolvimento da agricultura em meio à aridez de um deserto. O deserto em torno dele servia como uma proteção ou barreira natural, que dificultava o ataque de inimigos à região. Se insistissem, teriam de enfrentar o calor, as tempestades de areia e a falta de água. Muitos invasores conseguiram, mas a tarefa não era fácil.
Os egípcios construíram inúmeros canais de irrigação para levar as águas do Nilo até as áreas afastadas de suas margens. Também ergueram diques para armazenar a água que consumiam na época das secas e barragens para proteger suas moradias quando as inundações eram muito fortes.
A fertilidade do solo propiciada pelas cheias e vazantes do rio permitiu aos egípcios antigos desenvolverem uma agricultura diversificada, produzindo trigo, cevada, linho e uva. O trabalho agrícola marcava a vida dessa civilização e a arte egípcia registrou diversos momentos desse trabalho. Plantas, aves, cenas de cultivo, caça e pesca também eram comuns nas pinturas egípcias.
PERÍODOS DA HISTÓRIA EGÍPCIA
A história do Egito divide-se em três fases: o Antigo Império; Médio Império e o Novo Império. Ao longo desses três períodos, o Egito atingiu o apogeu. Porém, a partir do século VII a.C. o Egito foi invadido por vários povos e perdeu o seu antigo esplendor. A seguir, uma rápida explanação sobre cada período.
ANTIGO IMPÉRIO (3200 a.C. – 2100 a. C.)
Durante o Antigo Império foram construídas obras de drenagem e irrigação, que permitiram a expansão da agricultura; são desse período ainda as grandes pirâmides dos faraós Quéops, Quéfren e Miquerinos, construídas nas proximidades de Mênfis, a capital do Egito na época.
As pirâmides eram túmulos dos faraós. Para o seu interior era levada grande quantidade de objetos que pertenciam ao soberano, como móveis, jóias e outros objetos preciosos.
Durante o Antigo Império, o faraó conquistou amplos poderes. Isso acabou gerando alguns conflitos: os grandes proprietários de terra e os chefes dos diversos nomos não aceitaram a situação e procuraram diminuir o poder do faraó. Essas disputas acabaram por enfraquecer o poder político do Estado.
MÉDIO IMPÉRIO (2100 a.C. – 1580 a.C.)
Durante o Médio Império, os faraós reconquistaram o poder político no Egito. A capital passou a ser Tebas.
Nesse período, conquistas territoriais trouxeram prosperidade econômica. Mas algumas agitações internas voltariam a enfraquecer o império, o que possibilitou, por volta de 1750 a.C., a invasão dos hicsos, povo nômade de origem asiática. Os hicsos permaneceram no Egito cerca de 170 anos.
NOVO IMPÉRIO (1580 a.C. – 715 a.C.)
O período iniciou-se com a expulsão dos hicsos e foi marcado por numerosas conquistas territoriais. Em seu final ocorreram agitações internas e outra onda de invasões. Devido ao enfraquecimento do Estado, o Egito foi conquistado sucessivamente pelos assírios (670 a.C.), persas (525 a.C.), gregos (332 a.C.) e romanos (30 a.C.)
Vejam maiores detalhes no site: http://www.sohistoria.com.br/ef2/egito/p2.php
Assistam ao documentário referente, Os Anos de Glória do Antigo Egito:
Referência Bibliográfica:
COTRIM, Gilberto. Saber e fazer história: história geral, 6º ano: primeiras sociedades. 5Ed. São Paulo: Saraiva, 2009.