segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Introdução aos Estudos Históricos


Para que estudar História?

O estudo de História pode ter várias finalidades. Por exemplo:

O Brasil é um país marcado pela desigualdade social. O estudo da História do Brasil pode ampliar nossa consciência para participar da tarefa de construir uma sociedade mais justa, com menos desigualdade entre as pessoas, independentemente de idade, sexo, origem, cor de pele e religião.
A História interpreta as experiências humanas ao longo do tempo nos diferentes espaços. Um dos objetivos é adquirir consciência do que fomos e, assim, transformar o que somos naquilo que queremos ser.

História e historiadores

Quem se interessa em pesquisar e ensinar História ou escrever sobre ela é chamado de historiador. Em seu trabalho, o historiador escolhe os assuntos que quer pesquisar. Esses assuntos podem incluir tanto a ficção quanto as histórias vividas por uma pessoa ou um grupo.
Os historiadores não produzem um conhecimento absoluto ou total. O conhecimento produzido por ele é seletivo e limitado. Seletivo porque cada um escolhe o tema que deseja pesquisar e o modo como vai estudá-lo. Limitado porque, por mais ampla que seja a pesquisa, ela sempre se refere a uma parte do todo.

Conhecer é uma tarefa que nunca tem fim.

Documentos históricos ou fontes históricas

Em suas pesquisas os historiadores usam várias fontes ou vários tipos de documentos para se informar sobre ideias e realizações das pessoas de diferentes épocas e lugares.

Os historiadores reúnem as informações dos documentos para saber o que, ao longo do tempo, provocou mudanças, seja na economia, seja nas artes, na política, na maneira de pensar, ou nas formas de ver e de sentir o mundo. Mas eles também estudam as permanências, ou seja, aquilo que não se alterou mesmo quando muitas mudanças ocorreram – como ruas e bairros da cidade que não se modificaram, ou ainda maneiras de realizar certos tipos de trabalho como se fazia vinte ou cinquenta anos antes, por exemplo.
Os documentos ou fontes podem ser escritos ou não. Dentre os escritos estão as cartas, letras de canções, livros, jornais, revistas e documentos oficiais.

Já as fontes ou os documentos não escritos podem ser pinturas, esculturas roupas, armas, músicas, filmes, fotografias, utensílios e objetos variados, construções etc. Também é fonte histórica não escrita o relato de pessoas (idosos, jovens, gente famosa, gente comum), contando aspectos de suas vidas. Esses relatos, colhidos geralmente em entrevistas gravadas pelo historiador, registram as lembranças e ajudam a ampliar a compreensão de um passado recente ou da história que está sendo construída hoje. É que chamamos de história oral.
A Importância das fontes históricas

Até pouco tempo atrás, as fontes escritas eram consideradas as únicas possíveis para as pesquisas. Hoje, porém, várias fontes não escritas também são utilizadas, pois os historiadores entenderam que elas são registros igualmente importantes da vida dos seres humanos. Isso representa uma mudança no modo de trabalhar dos historiadores.

Ao analisar as fontes, o historiador pode conseguir várias informações. De um recibo de compra ou venda de escravo, por exemplo, pode-se obter pelo menos uma informação básica: enquanto houve escravidão no Brasil, escravos (homens, mulheres e crianças) podiam ser negociados como mercadorias. Além disso, pode-se saber como se chamava a moeda do país naquela época. Já no caso de uma máscara indígena, pode-se saber o tipo de material utilizado e as técnicas empregadas pelos artesãos do povo que produziu.

Assistam ao vídeo do Telecurso - Parte 01:

Parte 02:


Referências:

COTRIM, Gilberto. Saber e fazer história: primeiras sociedades, Antiguidade e Idade Média. 5ª Ed. São Paulo: Saraiva, 2009.

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