sábado, 13 de outubro de 2012

República Oligárquica


O apogeu da ordem oligárquica

Entre 1898 e 1914, viveu-se o apogeu da ordem oligárquica no Brasil. Essa periodização tem um caráter basicamente didático, uma vez que pudemos observar que a estruturação desse domínio vinha se articulando desde o final do período colonial: há tempos já existia uma forma bastante significativa de exercício desse poder, muitas vezes, se fazia de forma indireta, como, por exemplo, durante a monarquia.

Nesse período, a centralização política e a decorrente dependência de uma burocracia imperial impediam um domínio pleno sobre os mecanismos políticos por parte dos latifundiários; mesmo porque se, por um lado, essa vasta burocracia imperial era recrutada em meio às elites, por outro, essas elites eram muitas vezes nordestinos, isto é, tradicionais e decadentes do ponto de vista econômico, agarrando-se aos seus cargos como forma de evitar a queda total.

A situação passou a ser incontrolável a partir da expansão da lavoura cafeeira, a nova riqueza econômica do país. Nem tanto nos primeiros tempos, quando a aristocracia cafeeira, escravocrata e fluminense ou do vale do Paraíba paulista, adequou-se perfeitamente às estruturas burocráticas do Império. Mas, com a expansão do café rumo ao Oeste paulista e com a consequência de uma nova aristocracia cafeeira, menos dependente da escravidão, passou-se a questionar os antigos mecanismos políticos imperiais. Daí o advento da república. 


Produção e Estoque do Café


Como vimos, a república se viabilizou por um golpe militar e, por isso, os militares permaneceram alguns anos à frente do poder, só sendo afastados do centro do cenário político no governo de Prudente de Morais. Esse governo, portanto, teve um caráter transitório e inaugural e, por isso, o tratamos de forma separada. Quanto aos demais governos do período inicial da República oligárquica, optamos por trata-los de forma conjunta, enfatizando seus aspectos econômicos, sociais e políticos.

ECONOMIA: O COMBATE À CRISE DO CAFÉ

A queda nos preços do café no mercado internacional abalou fortemente a economia brasileira que dependia em grande parte das exportações do produto. De fato, por volta de 1900, o café correspondia seguramente a mais de 50% do valor das exportações brasileiras. 


Assistam ao Vídeo:

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