Entre 1898 e 1914, viveu-se o
apogeu da ordem oligárquica no Brasil. Essa periodização tem um caráter
basicamente didático, uma vez que pudemos observar que a estruturação desse
domínio vinha se articulando desde o final do período colonial: há tempos já existia
uma forma bastante significativa de exercício desse poder, muitas vezes, se
fazia de forma indireta, como, por exemplo, durante a monarquia.
Nesse período, a centralização
política e a decorrente dependência de uma burocracia imperial impediam um domínio
pleno sobre os mecanismos políticos por parte dos latifundiários; mesmo porque
se, por um lado, essa vasta burocracia imperial era recrutada em meio às
elites, por outro, essas elites eram muitas vezes nordestinos, isto é,
tradicionais e decadentes do ponto de vista econômico, agarrando-se aos seus
cargos como forma de evitar a queda total.
A situação passou a ser
incontrolável a partir da expansão da lavoura cafeeira, a nova riqueza
econômica do país. Nem tanto nos primeiros tempos, quando a aristocracia
cafeeira, escravocrata e fluminense ou do vale do Paraíba paulista, adequou-se
perfeitamente às estruturas burocráticas do Império. Mas, com a expansão do
café rumo ao Oeste paulista e com a consequência de uma nova aristocracia
cafeeira, menos dependente da escravidão, passou-se a questionar os antigos
mecanismos políticos imperiais. Daí o advento da república.
Produção e Estoque do Café
Como vimos, a república se
viabilizou por um golpe militar e, por isso, os militares permaneceram alguns
anos à frente do poder, só sendo afastados do centro do cenário político no
governo de Prudente de Morais. Esse governo, portanto, teve um caráter
transitório e inaugural e, por isso, o tratamos de forma separada. Quanto aos
demais governos do período inicial da República oligárquica, optamos por
trata-los de forma conjunta, enfatizando seus aspectos econômicos, sociais e
políticos.
ECONOMIA: O COMBATE À CRISE DO CAFÉ
A queda nos preços do café no mercado internacional abalou
fortemente a economia brasileira que dependia em grande parte das exportações
do produto. De fato, por volta de 1900, o café correspondia seguramente a mais
de 50% do valor das exportações brasileiras.
Assistam ao Vídeo:
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