quarta-feira, 3 de março de 2010

A Crise Financeira no Brasil


A preocupação com a crise é grande na Finlândia, que tem um mercado interno pequeno, de apenas 5 milhões de habitantes, e depende fortemente das exportações. Para Mika Lintikä, chefe da delegação finlandesa, diante da crise internacional, "atitudes protecionistas não serão a solução: devem ser tomadas medidas para fortalecer a fiscalização do sistema financeiro global e restaurar a confiança dos investidores".


Após uma semana no Brasil, os deputados visitantes disseram ter colhido uma impressão muito positiva da economia brasileira, cuja diversificação favorece a posição do País. "Ficamos surpresos com a atitude positiva e com a capacidade do Brasil para enfrentar a crise", afirmou Lintikä.

Setor bancário

Os finlandeses questionaram os colegas brasileiros sobre as medidas do Brasil para enfrentar a crise. Especialmente em relação ao setor bancário, indagaram sobre a necessidade de ajuda do governo para garantir a posição dos bancos e sobre medidas legislativas para reforçar o controle do mercado financeiro.

O deputado Edmilson Valentim (PCdoB-RJ), da Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio, resumiu as medidas anticrise em três frentes: estímulo à ampliação do crédito interno, facilitada pela existência de três grandes bancos públicos - Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES); desoneração dos custos de produção, a exemplo do que ocorreu com o setor automobilístico; e investimentos em infraestrutura, como no caso do programa de construção de um milhão de casas populares, que faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Entretanto, segundo o deputado, "os bancos ainda relutam em dar crédito ao setor produtivo, preferem investir em títulos públicos".

Já o deputado Marcos Montes (DEM-MG) frisou que "não estamos atravessando um mar de rosas". Para o parlamentar, as medidas de desoneração fiscal têm impactos negativos sobre as finanças municipais. E lembrou que a boa situação dos bancos se deve em boa parte a medidas tomadas pelo governo anterior e que "na época, não foram bem entendidas pela sociedade", referindo-se ao Programa de Estímulo à Reestruturação do Sistema Financeiro Nacional (Proer).

Nota do professor Hugo:

"Uma das responsabilidades da crise, ou melhor, da última "crise" que abalou o mundo, teve seu responsável principal os Bancos Americanos. No Brasil, graças aos investimentos em casas populares, a boa política do Presidente Lula, e investimentos aqui realizados, podemos dizer que a Crise passou de menor magnetude do que em outros países".

Mas será que nossa econômia, realmente, é forte?

Segundo o Fórum Econômico Mundial, o Brasil foi o país que mais melhorou em competitividade em 2009, ganhando oito posições entre outros países, superando a Rússia pela primeira vez e fechando parcialmente a diferença de competitividade com a Índia e a China, as economias BRIC. Importantes passos dados desde a década de 1990 para a sustentabilidade fiscal, bem como as medidas tomadas para liberalizar e abrir a economia, impulsionaram significativamente os fundamentos do país em matéria de competitividade, proporcionando um melhor ambiente para o desenvolvimento do setor privado.

Proprietário de um sofisticado setor tecnológico, o Brasil desenvolve projetos que vão desde submarinos a aeronaves e está envolvido na pesquisa espacial: o país possui um centro de lançamento de satélites e foi o único país do Hemisfério Sul a integrar a equipe responsável pela construção do Estação Espacial Internacional (EEI).É também o pioneiro em muitos outros campos econômicos, incluindo a produção de etanol.

O Brasil, juntamente com o México, tem estado na vanguarda do fenômeno das multinacionais latino-americanas, que, graças à tecnologia superior e organização, têm virado sucesso mundial. Essas multinacionais têm feito essa transição, investindo maciçamente no exterior, na região e fora dela, e assim realizando uma parcela crescente de suas receitas a nível internacional.

O Brasil também é pioneiro nos campos da pesquisa de petróleo em águas profundas, de onde 73% de suas reservas são extraídas. De acordo com estatísticas do governo, o Brasil foi o primeiro país capitalista a reunir as dez maiores empresas montadoras de automóvel em seu território nacional.

Assistam ao vídeo - A Diferença entre o Governo FHC e Lula:


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